Blast from the Past

Dynasty Warriors (PS1), o combate pela China

Lançado inicialmente como um jogo de luta, Dynasty Warriors, conquistou os fãs e se tornou um jogo incrivelmente popular.

Desenvolvido pela Omega Force e publicado pela Koei Tecmo, Dynasty Warriors (PS1) foi lançado em 1997. O jogo foi inspirado na Batalha dos Três Reinos, sendo inicialmente um jogo de luta, que acabou não dando tão certo. Falaremos sobre esse primeiro jogo da franquia e como ele inspirou seus sucessores.

Os três reinos

Dynasty Warriors traz como base um dos mais famosos romances chineses, A Batalha dos Três Reinos. A história retrata um período de guerras na China, focados em três países, Shu, Wei e Wu, trazendo várias histórias romantizadas sobre os lordes e seus seguidores mais leais, principalmente sobre as grandes batalhas realizadas.

Cada personagem presente no jogo retrata um dos famosos generais da época, que lutam para alcançar seu objetivo. A história presente no jogo é excelente e tem grande potencial, permitindo aos jogadores conhecê-la melhor, mas ela acaba não sendo tão bem explorada pelo tipo de jogo em que estava, criando pequenas falhas.

Alguns problemas

Dynasty Warriors é um jogo de luta em 3D, seu estilo de combate é similar a jogos como Soul Edge (PS1/Arcade) e Tekken II (Arcade/PS1). O jogo incentiva os jogadores a utilizar seus ataques para se defender, ao invés de utilizar apenas um botão. Para isso eles deveriam bater na mesma altura e ao mesmo tempo, que o inimigo, deixando-o vulnerável.

Os controles são pesados e duros, impedindo que os jogadores realizem um combate rápido e fluido. Além disso, os golpes devastadores são difíceis de ser utilizados, já que, após cheia, a barra de energia decresce rapidamente. Apesar desses defeitos, as lutas feitas com amigos podem ser interessantes e divertidas.

Os clãs

O jogo conta com 16 personagens, sendo a maioria relacionado ao período de guerras da China, contando ainda com Oda Nobunaga e Toyotomi Hideyoshi, personalidades da conquista do japão. Seis personagens precisam ser desbloqueados, a partir de batalhas, para que possam ser utilizados em combate.Cada um deles tem um estilo de batalha relacionado com a arma que utilizam, não podendo ser trocado. Porém, o design utilizado não era tão apelativo e acabou fazendo com que o jogo ficasse para trás, em comparação com outros lançados no mesmo ano e utilizando o mesmo programa.


Música imersiva

A trilha sonora presente no game se supera, sendo um dos pontos positivos e equiparando-se com as diversas trilhas de jogos lançados na época. A qualidade das vozes é muito boa e apesar de não serem chinesas, conseguem melhorar a experiência, demonstrando que não foram feitas de forma a poupar tempo e dinheiro.

Os cenários são semelhantes as plataformas, que giram junto com os personagens, enquanto sua imagem de fundo fica estática. Os gráficos são muito bons para a época, utilizando os famosos polígonos em seus personagens, porém, os personagens são muito desajeitados e as cores utilizadas são escuras, dando ao jogo uma sensação de melancolia e baixa qualidade.

Vale a pena?

Infelizmente o primeiro título dessa excelente franquia não foi bem sucedido, sendo apenas mais um jogo de luta. Porém, muitos dos movimentos utilizados por alguns personagens no primeiro jogo foram mantidos e transportados para os seguintes, se tornando uma excelente base para os futuros Hack and Slash produzidos pela Koei.

Dynasty Warriors (PS1), acabou sendo um jogo fraco para o ano em que foi lançado, sendo comparado com Tekken II, lançado dois anos antes. Mas o jogo permite uma boa diversão em um tempo razoável, por possuir um apanhado de informações dos jogos da época. Já sua trilha sonora e história chamam atenção por serem excelentes, sendo reutilizada e aperfeiçoada, para a grandiosa franquia que temos hoje.


Revisão: Diogo Mendes

Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

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