“Have you seen a little girl? Short, black hair. Seven years old.” este é um dos jargões mais conhecidos do mundo dos jogos de terror psicológico. Silent Hill é um jogo perturbador, sombrio e ao mesmo tempo instigante. Produto de influências que vão de filmes de terror até estudos parapsicológicos, a trama de Harry Manson atrás de sua filha adotiva, Cheryl, será um dos seus piores pesadelos. Ao começar sua busca, Harry verá que a cidade guarda segredos ocultos e que o sumiço de sua pequenina, talvez seja alvo de algo muito maior.
Da Parapsicologia a Silent Hill
Silent Hill é um jogo que foi criado a partir de influências em vários filmes de terror, como Jacob’s Ladder, e em estudos de parapsicologia e filosofia. Segundo alguns estudos, o pensamento humano pode ter uma força considerável a partir da intensidade com que se pensa. Apesar de não cientificamente comprovado, já foram realizadas experiências em que um certo sucesso foi obtido. Resumindo, o que você pensa, dependendo do que e como, e também de sua intensidade, pode não apenas agir sobre si, mas sobre todo o ambiente ao seu redor.
No jogo, podemos perceber isso quando Harry sente dores de cabeça ao transitar de uma dimensão a outra.
História
Você é Harry Mason, um escritor que ao viajar com sua filha, Cheryl, acaba por sofrer um acidente ao desviar-se de alguém em uma rodovia. Ao acordar, Harry se dá conta da ausência de Cheryl e, mesmo atordoado, parte em busca de sua filha adotiva. Mas o que ele não sabe, é que a cidade em que acaba de entrar possui muito mais segredos escondidos sobre a densa névoa que predomina no local e, com isso, Harry passar a descobrir que o que pareceu um acidente, pode ser algo planejado para um propósito ainda maior.
Personagens
Harry Mason: Pai de Cheryl, sofre um acidente e acorda em Silent Hill, ao perceber que sua filha havia desaparecido, parte em busca da mesma.
Cheryl Manson: Filha adotiva de Harry Mason, tem 7 anos. Ela é uma peça chave de todo o segredo que cobre a cidade.
Cybil Bennet: É uma policial de uma cidade próxima, que tem como objetivo investigar a falta de comunicação de Silent Hill. É a única ajuda de Harry durante o jogo.
Lisa Garland: É uma enfermeira do hospital Alchemilla. Se mostra uma pessoa que pouco sabe o que está acontecendo, sendo encontrada várias vezes na versão alternativa do hospital.
Dahlia Gillespie: Dona de uma loja de antiguidades, ela é um dos membros mais importantes do culto chamado “A Ordem”. Ela atrai propositalmente Harry e sua filha para que possa, junto com Alessa, trazer o “deus” do culto.
Alessa Gillespie: Filha de Dahlia Gillespie, foi criada para seguir os passos da mãe e ser a futura líder do “A Ordem”. Após terem conhecimento de seus poderes paranormais e considerada bruxa, é queimada pelos próprios membros do culto e permanece em um estado quase vegetativo.
Dr. Michael Kaufmann: É o diretor do hospital Alchemilla e, ao que parece, um dos membros do “A Ordem”.
Visual obscuro
Um dos pontos fortes do jogo, com certeza, são seus gráficos. Ao invés de achar que o processamento do PlayStation fosse um problema, a Konami resolveu transformar isso em um meio de conseguir mais ambientação ao jogo. Cenários escuros, névoa densa, todos os elementos visuais existentes em Silent Hill trabalham de forma majestosa para criar o clima do jogo. Tudo bem que o objetivo é mesmo te fazer borrar as calças, mas os gráficos influem diretamente na formação do terror psicológico.
Jogabilidade
O objetivo do jogador é guiar Harry Mason através de dimensões alternadas e empestadas de monstros em busca de sua filha Cheryl. O jogo consiste em combate, resolução de quebra-cabeças e exploração. Predomina o uso da terceira-pessoa durante o jogo, com alterações de câmera em certos momentos. Nada que deixe o jogo confuso ou difícil. Como Harry é um homem comum, além de usar armas a curta distância e poucas armas de fogo, após correr muito, ele precisará recuperar o fôlego para prosseguir. Caso queira consultar sua saúde, como munição etc. Há um menu que serve justamente para essas finalidades.
Para auxílio durante sua jornada, há um rádio que produz chiados sempre que se aproximar de um monstro. Este item é facilmente conseguido no início do jogo e é de extrema importância até o final da história.
Falando em auxílio, os mapas também são fundamentais para a parte exploratória. Neles ficam registrados todas as mudanças, junto com anotações e dicas de como prosseguir. Já imaginou andar em uma cidade coberta pela névoa sem um mapa? Então, aproveite para vasculhar sempre que puder todos os lugares.
Existe também a lanterna, que se torna fundamental quando estiver em Nowhere (outra dimensão) e em lugares fechados e escuros como em “Midwitch Elementary School”.
Som
Outro, se não o mais importante, ponto forte do jogo é o som. As músicas são incrivelmente compostas por Akira Yamaoka, e conseguem criar todo o clima assustador e atormentador. Você teria diarreia mental, se pudesse. Os sons são uma mistura de efeitos de batidas sintetizadas com gritos e chiados. Apesar de todo este conteúdo bizarro nas músicas, Yamaoka produziu canções com melodias tristes e depressivas, porém belíssimas. “Blood Tears” seria um exemplo.
Abaixo todas as faixas da trilha sonora de Silent Hill:
1. Silent Hill / 2. All / 3. The Wait / 4. Until Death / 5. Over / 6. Devil's Lyric / 7. Rising Sun / 8. For All / 9. Follow The Leader / 10. Claw Finger / 11. Hear Nothing / 12. Children Kill / 13. Killed By Death / 14. Don't Cry / 15. The Bitter Season / 16. Moonchild / 17. Never Again / 18. Fear Of The Dark / 19. Half Day / 20. Heaven Give Me Say / 21. Far / 22. I'll Kill You / 23. My Justice For You / 24. Devil's Lyric 2 / 25. Dead End / 26. Ain't Gonna Rain / 27. Nothing Else / 28. Alive / 29. Never Again / 30. Die / 31. Never End, Never End, Never End / 32. Down Time / 33. Kill Angels / 34. Only You / 35. Not Tomorrow 1 / 36. Not Tomorrow 2 / 37. My Heaven / 38. Tears Of... / 39. Killing Time / 40. She / 41. Esperandote / 42. Silent Hill (Otherside)
Ficha técnica
Desenvolvedora: Konami Computer Entertaimente Tokyo Diretor: Keiichiro Toyama Produtor: Gozo Kitao Compositor: Akira Yamaoka Gênero: Survival Horror Jogadores: 1
o jogo mais belo que ja vi em minha vida :)
ResponderExcluirCom certeza, Saymon!
ResponderExcluirMuito mais horror, terror, amedrontador que RE.
ResponderExcluirEu me borrava qndo tinha de entrar no hospital.
hahaha!
ResponderExcluirResident Evil só consegue dar sustos nas primeiras vezes, diferente de SH que toda vez te assusta. Afinal, o terror deste jogo é totalmente psicológico.
Eu me borrava qndo tinha de entrar no hospital. [2]
ResponderExcluirMe borro até hoje. Verdade.
Eu só jogava de dia...
ResponderExcluirEu adoro SH, terminei o primeiro umas 3 vezes. Me lembro que pegar a Katana trancada no quarto era bem embasado.
ResponderExcluirO SH 2 eu já não gostei tanto. O 3 eu achei perfeito ^^ o melhor da série na minha opinião!
O 4 - The Room -, na minha opinião, foi épic fail, pois acabou com o clima da série, pois o jogo é claro, quando comparado com os demais, e você não dispõe do rádio e da lanterna, que são elementos marcantes.
O SH Shattered Memories tbm é lindo! Mesmo que o jogo seja focado somente na exploração e nos puzzles, ele é perfeito! e como um "overmake" do primeiro jogo ele ficou muito bom.
a musica Follow the Leader é o nome de um Album da banda KoRn,
ResponderExcluirde que banda essa musica é?
@Fabiano Matos
ResponderExcluirhahahaha! Lembro que jogava de madrugada, mas me arrependendo sempre que levava um susto.
@Douglas
Joguei até o SH5 e o SHSM, apesar de todos serem jogos um pouco diferentes, ainda prefiro o primeiro por estar em sua plenitude.
Mas Shattered Memories é muito interessante mesmo.
@Gabriel
ResponderExcluirNão é exatamente uma banda, quem leva o nome é Akira Yamaoka, creio que o último trabalho dele foi "Shadows of the Damned" para PS3 e Xbox.
@Gabriel
ResponderExcluirAinda em tempo. Interessante você fazer referência a Korn. A música tema de Shadows of the Damned lembra um pouco a voz do Jonathan Davis, mas que é cortada por uma mulher com a voz semelhante a Amy Lee.
Muito bem observado.