Blast from the Past

Blast from the Past: Silent Hill 3 (PS2)

Uma das coisas mais legais da série Silent Hill é o fato de que a personagem principal dos jogos é a própria cidade que dá nome à franqui... (por Unknown em 08/12/2012, via PlayStation Blast)

Uma das coisas mais legais da série Silent Hill é o fato de que a personagem principal dos jogos é a própria cidade que dá nome à franquia. Enquanto outras séries ficam muito presas a um enredo maior, que acaba nos obrigando a jogar todos os outros jogos, é possível jogar qualquer Silent Hill, sem se importar com a ordem. Bom, qualquer um com exceção de um deles (dois se contar com o Origins): Silent Hill 3, que, apesar de ter uma protagonista diferente, é uma continuação direta do primeiro jogo da série. Talvez por isso mesmo, este seja considerado por muitos como um dos mais fracos da franquia.

Destino macabro

Ao contrário dos outros jogos, nos quais geralmente o personagem principal possui algum tipo de problema de caráter psíquico que acaba o atraindo para a cidade de Silent Hill, neste terceiro episódio nós começamos o jogo em uma cidade normal. A jovem Heather Mason está passeando tranquilamente pelo shopping quando é abordada por um investigador particular e resolve fugir. Durante a fuga, alguma coisa acontece e o local começa a ficar infestado de monstros estranhos. Essa parte é bem tensa, principalmente por este Silent Hill ser um dos mais escuros da série. Quando o rádio dispara nos ambientes mais abertos do shopping é um “Deus nos acuda”, porque não dá para saber de onde os monstros podem atacar.

Não demora muito para que surja toda a verdade escondida por trás das aparições dos monstros. Uma misteriosa mulher chamada Claudia aparece dizendo que Heather precisa se lembrar da verdadeira forma dela. Assim que consegue escapar do shopping, a jovem chega em casa apenas para encontrar seu pai tragicamente assassinado. Neste momento fica clara a ligação entre Silent Hill 3 e o primeiro game: já que Heather é filha de Harry Mason, o protagonista do primeiro Silent Hill. Quer dizer, mais ou menos filha, já que a filha legítima dele, Cheryl, realmente morreu. Heather na verdade é gerada como um amálgama entre as almas Cheryl e Alessa Gillespie, que estava destinada a dar à luz ao deus da Ordem.

Eu nunca chegaria perto desse coelho
O desejo da tal Claudia é justamente fazer com que esse deus finalmente ganhe vida a partir de Heather. Para isso, ela precisa encher o coração da jovem de ódio, começando com a morte do pai dela. A garota acaba caindo na armadilha e decide visitar a maldita cidade de Silent Hill em busca de vingança. E é aí que o jogo se perde um pouco. Enquanto nos outros games temos personagens perturbados emocionalmente, Heather encara seus desafios até com bastante determinação. Principalmente para alguém de 17 anos que acabou de perder o pai e descobriu ser praticamente a encarnação do capeta.

O Silent Hill menos perturbador da série

Até mesmo o final bom de Silent Hill 3 tem esse climão de “beleza, galera, isso aqui não foi nada de mais”. Nele, Heather encontra o tal investigador Douglas, que a ajuda em certas partes do game, e então começa a fingir que está possuída por Alessa/Cheryl, dizendo que precisa matar o cara para acabar com todo esse pesadelo. Mas aí, quando você pensa que ela realmente vai fazer isso, Heather simplesmente fala algo do tipo “relaxa, cara, é só brinks”. Pelo menos o jogo reserva outros finais, sendo que num deles no qual Heather realmente é possuída e assassina Douglas. O interessante é que a ativação desse final depende de quantos monstros o jogador matou durante a campanha, uma vez que existe a lenda de que as criaturas do jogo são pessoas e apenas a jovem enxerga-as como monstros.

De boa caçando monstros no shopping
Apesar de ser um jogo interessante para os fãs da série, por mostrar o triste o destino do protagonista do título original, Silent Hill 3 está muito abaixo dos outros. Primeiro porque, apesar de interessante, mostrar o que aconteceu com Harry Mason acaba com a graça de ficar imaginando o destino dele. Mas o principal problema mesmo é a própria Heather Mason, que é pouco carismática e muito mais metida a “heroína” que os outros protagonistas da série, demonstrando sempre estar ok com o fato de ser praticamente a encarnação de um grande mal.

Revisão: Samuel Coelho

Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

Comentários

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  1. Esse jogo é muito bom, e ums dos melhores da série na minha opinião,so perde pro 2.

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