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Análise: Counter-Strike: Global Offensive (PSN)

Quem nunca passou horas jogando Counter-Strike com amigos ou desconhecidos em lan houses , não sabe o que perdeu. A geração atual de videog... (por Unknown em 07/09/2012, via PlayStation Blast)

Quem nunca passou horas jogando Counter-Strike com amigos ou desconhecidos em lan houses, não sabe o que perdeu. A geração atual de videogames é dominada principalmente por Call of Duty e Battlefield, mas CS nunca saiu dos nossos corações. Foi por isso que a Valve decidiu homenagear os seus fãs ao lançar uma nova versão da série: Counter-Strike: Global Offensive, com a possibilidade inédita de também poder jogar nos consoles da atual geração. Como não poderia deixar de ser, o game foi lançado para a PSN do PlayStation 3, e as nossas impressões quanto a ele você pode conferir logo a seguir.

Um novo velho jogo


Counter-Strike não possui um modo história, e a única regra dele é somar pontos para poder vencer a partida. Com Global Offensive não é diferente, sendo que temos o retorno do time dos Terroristas (Ts) e dos Contra-Terroristas (CTs). A ideia ainda é basicamente a mesma: os Contra-Terroristas devem resgatar reféns e impedir a explosão de bombas enquanto os Terroristas fazem exatamente o mesmo (só que ao contrário, rá!). Houve a adição de novos modos (falaremos deles mais adiante) e de novos mapas, mas como dito anteriormente, está tudo praticamente igual - o que pode ser bom para os veteranos ou ruim para os novatos. Vamos dar um exemplo para cada situação?


Os veteranos irão adorar Global Offensivpor ele trazer todos os elementos que já conhecemos da série Counter-Strike, além da adição de alguns outros, como a possibilidade de virar-se rapidamente (apertando o botão R2 do DualShock) para evitar ficar temporariamente cego com granadas de luz (os tradicionais flashbangs). 



Já os novatos, que estão acostumados com os atuais FPS, vão se perguntar: "tá, e como é que eu faço para mirar no inimigo?". Não captou? Então, a Valve decidiu manter a impossibilidade da mira ADS (Aim Down the Sights), o que significa que não é possível centralizar a mira da arma no inimigo. O negócio é usar mesmo o Fire from the Hip, que em língua tradicional dos shooters quer dizer "somente mirar com a cruzinha". Se eu estivesse começando a jogar Counter-Strike, não me adaptaria tão fácil assim.

Fugindo da rotina


Counter-Strike: Global Offensive traz de volta os clássicos modos em que devemos detonar ou desativas bombas e proteger ou resgatar reféns. Isso é bom, mas precisávamos de mais para não entrarmos em um loop de "bomba-refém, bomba-refém, bomba-refém...". Pensando nisso, a Valve trouxe a CS: GO dois novos modos de jogo: Corrida Armada e Demolição.

O Corrida Armada é um modo bastante interessante e desafiador, algo que os veteranos provavelmente irão querer para provarem as suas habilidades. Em cenários bem curtos, dois times se enfrentam, mas se não fosse por isso, diria que é algo totalmente individual, pois cada um tenta ser o grande vencedor. Todos irão começar com fuzis e, a cada morte, uma nova arma é recebida, passando por metralhadoras, submetralhadoras, escopetas, snipers e pistolas. Ao receber 26 armas de fogo, você receberá uma faca de ouro. Se você conseguir matar alguém com ela, você (e seu time) vencem o jogo.


Já o modo Demolição traz aspectos que lembram as missões de bomba, porém, atuamos em cenários menores do que os usuais e recebemos novas armas ao matar inimigos (mas que só serão computadas ao começo de uma nova rodada). Chamativo, eu diria.

Nem tudo é perfeito


Como já se era previsto, a versão da PlayStation Network de Global Offensive é muito "pobre" se comparada com a versão de PC. Por quê? Bem, essa é fácil de responder: no PC é possível baixar os chamados mods, que muitas vezes não são oficiais da Valve mas que proporcionam muito mais diversão e geram mais conteúdo para os jogos da série. Há mods para personagens, que adicionam diferentes skins para eles, para mapas, nos quais você pode criar o seu próprio e compartilhar com outros, e para armas, que vão desde a mudança de uma granada de fumaça para uma de gás até o acréscimo de um lança-mísseis.

O modo zumbi é um dos mods da versão de PC
Além dos mods, a versão de PC também conta com servidores dedicados. Eles são servidores que um grupo de usuários paga para "hostear" partidas. Sendo assim, eles podem ser os administradores e ditar as suas próprias regras, como banir usuários de partidas ou até mesmo usar comandos para forçar a morte deles. Pode parecer meio assustador, mas não é. Se você for em um servidor dedicado de qualidade, a garantia de segurança contra hackers é muito maior e a possibilidade da conexão com a Internet cair é mínima.

Português do Brasil, "para a nooossa alegria!"


Uma das maiores dificuldades dos gamers brasileiros com os seus jogos está no idioma. Muitas vezes ficamos perdidos em diálogos ou sem saber o que devemos fazer. A Valve entende este problema e por isso resolveu dar suporte para o português do Brasil. Como os personagens praticamente não falam, não há dublagem, mas quando ouvimos "Fire in the hole!" por exemplo, aparece embaixo da tela de jogo o que significa - no caso, um membro da equipe atirou uma granada e mostra quem foi que fez isso (como sempre aconteceu nos outros Counter-Strike). Agora, não há mais aquela desculpa "ah, mas eu não sabia o que era para fazer porque estava em inglês".
Considerações finais: aqueles que ainda estão em dúvida se Counter-Strike: Global Offensive vale ou não a pena, não fique com a pulga atrás da orelha e o compre logo. Se você parar para pensar, não são nem 30 reais e ainda há desconto para assinantes da PlayStation Plus. Cansado de FPS genéricos nos quais só os gráficos impressionam? Global Offensive, além de hardcore, e é a solução dos seus problemas.

Prós

  • É o clássico Counter-Strike finalmente trazido aos consoles da atual geração;
  • Simples e muito divertido;
  • Jogue tanto online quanto offline;
  • Modo online estável;
  • Possibilidade de jogar com mouse e teclado;
  • Killcam aperfeiçoada;
  • Adição de méritos.

Contras

  • Não poder usar mira ADS;
  • Inexistência de multiplayer local;
  • Não haver customização de mapas e armas;
  • Pouco conteúdo em relação à versão de PC;
  • Não poder alternar entre caminhar e correr;
  • Troféu platina nem um pouco desafiador.
Counter-Strike: Global Offensive - PlayStation Network - Nota final: 8.0
Visual: 7.5  |  Som: 8.0  |  Jogabilidade: 8.0  |  Diversão: 9.0
Revisão: José Carlos Alves 

Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

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