Top 10

Top 10: Histórias que dariam bons jogos

Videogames se tornam filmes. Videogames se tornam livros. Videogames se tornam quadrinhos. O contrário também ocorre. O triste é saber que,... (por Unknown em 27/05/2012, via PlayStation Blast)

historias Videogames se tornam filmes. Videogames se tornam livros. Videogames se tornam quadrinhos. O contrário também ocorre. O triste é saber que, na maior parte das vezes, essas adaptações não funcionam. É quase que uma regra infalível: filmes baseados em jogos são ruins. E jogos baseados em filmes são ruins. Mas exceções existem, e sempre ficamos pensando, ao ler um livro, assistir a um filme ou série, que essa história ficaria ótima num jogo. Reunimos as 10 ideias mais interessantes, acompanhadas de uma previsão de como seriam de fato esses jogos, caso existissem; confira!

Hunger-games[1]10. Jogos Vorazes

Antes que você torça seu nariz, lembre-se de que Jogos Vorazes é completamente diferente de Crepúsculo. Mesmo que você tenha ouvido sobre semelhanças, elas se limitam ao estilo de narrativa do livro. Esqueça isso. Jogos Vorazes é uma história sobre crianças matando umas às outras para o prazer de uma elite sádica. A história do livro pode ser um pouco voltada ao sentimentalismo, sim. Mas a ideia da história é bem interessante e, com algumas alterações, daria muito certo num videogame.

O primeiro ponto é que o jogo teria de misturar elementos. Para se dar bem nos Jogos Vorazes, as crianças precisam sobreviver em um ambiente hostil, compouca ou nenhuma comida e, claro, sobreviver umas às outras. Algo como os elementos de sobrevivência de Metal Gear Solid 3 seria ótimo. As alianças que poderiam se formar são praticamente impossíveis de criar num jogo. Se fosse de fato seguir a história do livro, seria interessante prolongar as batalhas em si, e criar um jogo mais linear, com muitas cutscenes e, talvez, escolhas morais.

9. O Guia do Mochileiro das Galáxias

hitchhikers_guide_to_galaxy_2005_te[1]O Guia do Mochileiro das Galáxias é uma série sci-fi focada no humor e no absurdo. Embora esteja repleta de uma ficção científica bem complexa, a série a apresenta de uma forma tão engraçada e acessível que qualquer um pode embarcar. Para começar, a Terra é destruída. A partir daí, Arthur Dent, um terráqueo meio abobalhado, descobre que existe muita vida fora do planeta, e que seu grande amigo, Ford Prefect, é um alienígena. Os livros se tornaram um símbolo da cultura geek/nerd e deram origem até a um filme.

O Guia funcionaria muito bem como um jogo mais "cartoon", algo como um Crash moderno. Dessa forma, o humor estaria bem colocado e a grande variedade de situações se ajeitaria ao visual "excessivo" do jogo. E o melhor: o jogo não teria de ser um platformer genérico.

8. A Torre Negra

599361-2358112156_a29b321c1d[1]Stephen King é um dos escritores de maior sucesso dos EUA. Muitos de seus trabalhos foram adaptados para cinema e quadrinhos, e A Torre Negra é definitivamente uma de suas obras mais marcantes. Uma série de oito livros que conta uma complexa história de um atirador (bem ao estilo faroeste) chamado Roland Deschain, em busca de vingança. O curioso é que Roland pertence a um universo paralelo ao nosso, o que torna tudo mais interessante.

O sucesso de Red Dead Redemption mostrou que o faroeste tem lugar no mundo dos games, e A Torre Negra funcionaria bem como um jogo desse estilo. Claro que o ambiente é mais fantástico, mas a jogabilidade dos combates seria bastante similar, apenas adicionando as habilidades "especiais" dos personagens. Mas, ao contrário de Red Dead Redemption, seria bom o jogo ter um foco um pouco maior na história, com cutscenes mais frequentes e um tantinho a menos de liberdade.

7. Kill Bill

Esse é um desejo antigo. Kill Bill foi, sem dúvidas, um marco do cinema dos anos 2000. Quentin Tarantino fez um filme incrível com influência oriental. Um conto louco sobre a vingança de uma mulher que foi espancada em seu próprio casamento e levou um tiro na cabeça, além de ter sua filha arrancada de si. O único desejo d'A Noiva é matar Bill. E essa história que mistura uma violência insana com bons momentos de drama, além de ter 4 chefes (as três assassinas e o próprio Bill), ficaria perfeita no mundo dos games.

Atenção! Este vídeo contém cenas de violência pesadas.

Kill Bill teria de ser um beat-'em-up, bem aos moldes de jogos como Bayonetta e God of War, mas sem os elementos fantásticos. O próprio combate da série Batman é um bom exemplo de beat-'em-up bem feito, mas talvez a maior referência para imaginar um jogo baseado em Kill Bill seria No More Heroes, com sua ultra-violência estilizada. O importante seria se sentir realmente badass, poderoso e imbatível enquanto mata os inimigos. Também seria importante que combos bem-feitos desencadeassem cenas específicas, como aquela em que A Noiva arranca o olho de um lutador inimigo. Diversão garantida.

6. Law & Order: Special Victims Unit

svufans_infinite_7384923[1]Pode parece estranho, mas Law & Order tem tudo que um bom adventure investigativo precisa. Os casos normalmente se iniciam com os detetives, e estendem-se até o tribunal com os promotores, acusando o culpado. Mas a verdadeira joia na "família" Law & Order é seu primeiro spin-off, Special Victims Unit. Além de ter personagens mais interessantes, os casos envolvem quase sempre crimes sexuais. Isso é algo tão incomum no mundo dos games que seria por si só um diferencial.

Mas eu não estou falando de algo como o jogo de CSI. Eu estou pensando em L.A. Noire. Nenhum outro jogo de investigação foi tão próximo do formato de uma série quanto o adventure da Rockstar, mesmo que seja repleto de falhas. Cada caso se comporta como um episódio, e de vez em quando você chega ao final de uma "sequência" de casos, cujo fim é sempre bombástico. Esse formato daria muito certo numa adaptação de Law & Order: SVU, já que os episódios quase nunca se interligam. Outra coisa importante é que L.A. Noire fez um excelente trabalho com interrogatórios policiais, que são a parte principal dos casos na série. Complete tudo isso com julgamentos emocionantes em que o seu desempenho na investigação é testado. Imagine só: você pode até prender o culpado sem ter obtido uma prova específica, mas essa prova seria crucial no julgamento. Isso também daria margem a ideias ainda mais interessantes sobre o sistema de interrogatório. Eu quero esse jogo.

5. Battlestar Galactica

Facilmente uma das séries sci-fi mais elogiadas da última década, Battlestar Galactica influenciou amplamente o universo geek. A história dos humanos das 12 Colônias, expulsos de seus planetas pelas suas próprias criações robóticas humanoides, chamados de Cylon, é excelente. Some a isso um clima de desconfiança, criado pelo fato de os Cylon serem capazes de assumir uma forma humana. E some a isso o fato de existir um número determinado de "cópias" dessas formas humanas.

O sucesso de Mass Effect mostrou que existe espaço para exploração e guerra espacial no mundo dos games – inclusive, há diversos elementos de Battlestar Galactica na temática e no desenvolvimento da trama de Mass Effect, principalmente a questão central: a vida sintética pode conviver com a vida orgânica? A série está cheia de personagens interessantes, momentos de ação e batalhas espaciais. Num jogo, haveria lugar para muita clonagem de Mass Effect, sendo um RPG de ação em terceira pessoa contando com decisões que impactariam a história. Mas também seria imprescindível que o jogo incorporasse um sistema de simulação de voo. Pilotar um caça Viper e destruir alguns caças Cylon seria excelente. E, claro, haveria reviravoltas a cada momento.

4. Fronteiras do Universo

philip-pullman-a-bussola-de-ouro[1]Talvez o nome seja desconhecido para você, mas o nome A Bússola de Ouro deve ser mais familiar. Fronteiras do Universo é uma trilogia escrita pelo inglês Phillip Pullman, e A Bússola de Ouro é o primeiro dos três livros. Uma rica história sobre universos paralelos e cheia de elementos fantásticos, a série merecia uma adaptação melhor do que a que chegou aos cinemas e aos videogames em 2007.

Dentro da história da jovem Lyra, haveria espaço para muita coisa. O ideal seria que, assim como nos livros, o jogo mudasse a perspectiva de personagem para personagem. Quando controlando Yorek, o enorme urso polar, seria muito divertido quebrar paredes e jogar inimigos a metros de distância. Quando controlando o balonista Lee Scoresby, bem ao modo cowboy, as sequências de tiro em terceira pessoa seriam excelentes. E tudo isso pontuado pela presença dos dæmons, as formas animais que acompanham os humanos. Ao exemplo de jogos como Rule of Rose, mandar seu dæmon examinar uma área ou até mesmo atacar um dæmon de um inimigo seria uma adição única. Sim, seriam três jogos inesquecíveis.

3. Dexter

dexter[1]Todos amam Dexter. É verdade que a série não está nos seus melhores momentos, mas ela criou um bom impacto no mundo do entretenimento. Trata-se da história de um serial killer que trabalha como perito da polícia de Miami. Mas Dexter Morgan não é um serial killer comum. Ele segue um código de conduta, segundo o qual ele pode matar apenas outros assassinos.

Dexter daria um excelente jogo, que misturaria elementos de investigação e de ação stealth, sempre pontuado por muita violência. Dispenso qualquer sequência em que Dexter corte os membros de suas vítimas (e aposto que os órgãos que fazem a indicação etária também), mas ao analisar as cenas de crime seria ótimo se as coisas fossem bem realistas. Já durante as "caçadas", uma jogabilidade parecida com Hitman seria o ideal. Até as armas são parecidas: fios de enforcamento, seringas com calmantes, entre outros. Os momentos de tensão nos finais de temporada seriam especialmente interessantes.

2. A Origem

Um dos filmes mais aclamados de 2010, A Origem possui um conceito não muito original, mas bem interessante. Dominic Cobb é o líder de um grupo de ladrões. Mas não são ladrões comuns: eles usam os sonhos das pessoas para extrair informações. Como? Um "arquiteto" desenha o sonho, e o alvo povoa o ambiente com as projeções de sua mente. Cobb usa essas projeções para chegar ao que precisa.

O mais interessante em A Origem não seria a história do filme em si, mas a ideia. Imagine um jogo no estilo de Hitman, que lhe dá uma missão (por exemplo: consiga o nome do contato de um agente do FBI), e cabe a você desenhar o sonho e usar os métodos que achar necessários para alcançar a informação. A última missão seria, é claro, a "inserção" (daí o nome do filme, Inception), o ato de plantar uma ideia na mente do alvo. O modo de desenho dos sonhos poderia funcionar como o de criação de fases de jogos como LittleBigPlanet e inFamous 2, ou talvez mais puxado para The Sims. Fato é: um jogo assim teria um fator replay quase infinito, já que você teria muitas e muitas formas de abordar o problema.

1. Breaking Bad

Talvez você não conheça Breaking Bad. Antes de qualquer coisa, trate de conhecer. Ela é a melhor série de drama dos últimos anos, e a melhor em exibição. A série conta a história de Walter White, um professor de química com uma vida medíocre que descobre estar com um câncer terminal no pulmão. Para não deixar sua esposa e filho sem nada, Walt tem uma ideia brilhante: fabricar metanfetamina com um ex-aluno seu, Jesse Pinkman. A dinâmica entre a dupla é um fator essencial da história, mas o essencial é a mudança de Walt, que começa como um cara sem opções e se transforma em alguém sem escrúpulos.

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Breaking Bad seria um jogo ÉPICO, de preferência como um jogo de ação com opções de diálogo. Haveria espaço para minigames de química, para ação, para diálogos pesados cheios de opções incríveis e até para investigação. O mais legal é que o jogo poderia trocar entre os personagens, como Heavy Rain. Enquanto controla Walt, você poderia focar mais nos diálogos, além das sequências de ação de vez em quando. Como Jesse, o foco seria nas negociações. E, como Hank, o cunhado de Walt que trabalha no Departamento de Combate às Drogas da polícia de Albuquerque, haveria um bom misto de ação e investigação. Com a história e o roteiro perfeitos da série, esse seria simplesmente um dos melhores jogos de todos os tempos.

Revisão: Felipe Biavo


Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

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