Future Blast

Future Blast: Como será o sucessor do PlayStation 3

Em 11 de novembro de 2006, a Sony Computer Entertainment (SCE) lançou seu terceiro console de mesa, o PlayStation 3 . O novo console tinha u... (por Vitor Navarrete em 19/01/2013, via PlayStation Blast)

Em 11 de novembro de 2006, a Sony Computer Entertainment (SCE) lançou seu terceiro console de mesa, o PlayStation 3. O novo console tinha uma difícil missão: ser o sucessor de dois dos maiores sucessos do mercado de videogames, o PlayStation e o PlayStation 2. Após seis anos e muitos trancos e barrancos, o PS3 compete em pé de igualdade com seu “irmão gêmeo” da concorrência. Mas, o que o futuro nos reserva? Certamente a Sony já colocou seu plano de sucessão em andamento há algum tempo. Acompanhe-nos enquanto tentamos desvendar algum destes segredos.

Codinome: Orbis

Design feito por fãs.
Bem, o codinome é, basicamente, tudo que sabemos a respeito do novo console de mesa da Sony. Tal informação foi obtida quando um redator do blog Kotaku averiguou que, ao acessar o endereço orbis.scedev.net, o usuário é redirecionado para o site de desenvolvimento da SCE. Isso também ocorre ao digitar vita.scedev.net ou seu respectivo codinome, ngp.scedev.net. Já ps4.scedev.net não é um endereço existente. Assim, até que a Sony se pronuncie, o sucessor da linha Playstation tem um nome latino, Orbis.

Diversos outros rumores estão espalhados pela internet, mas a grande maioria deles é tão verdadeira como o fim do mundo Maia do mês passado. Alguns dizem que o aparelho será revelado no 13° Annual Destination Playstation, em fevereiro. Outros dizem que será revelado na E3, em junho. A verdade é que ninguém sabe. A Sony já disse que o PS3 deve durar ao menos 10 anos. Então, até que o momento seja propício, as informações sobre o seu sucessor não serão do conhecimento do público.

Mas e a Tetrafobia?

Tetrafobia em ação.
Uma coisa interessante das culturas orientais são suas superstições. Uma das que chama mais atenção é relacionada ao numero quatro. A tetrafobia, ou aversão ao número quatro, existente em vários países do leste asiático, deve-se ao fato da pronúncia de tal número, em suas respectivas línguas, ser similar à pronúncia da palavra morte. No Japão, por exemplo, ambos se pronunciam shi.

Assim, muitos teorizam que a Sony desistirá da nomeação sequencial dos produtos da linha PlayStation. Ela já fez isso com o PlayStation Portable, ou PSP, uma vez que seu sucessor se chama PlayStation Vita e não PSP 2. Logo, talvez PlayStation Orbis seja o verdadeiro nome do sucessor do PS3. Algo, no mínimo, interessante, uma vez que Orbis Vitae, do latim, significa “Círculo da Vida”.

Holographic Versatile Disc

Cloud é um menino de verdade (PS).
Bem, mas vamos ao que interessa: as especificações. Memória RAM, gigaflops, teraflops, GPU, GPGPU, CPU, processamento não linear, células... Conseguiu acompanhar? Não? Nem eu. Então estamos bem. Mas, falando sério, no fim das contas, o que importa para a grande maioria do público é olhar pela primeira vez para um jogo do novo console e conseguir exclamar: “Caramba! É de verdade”. Eu faço isso desde que vi um CG de Final Fantasy VII no PlayStation, em uma locadora, no ano de 1997.
 
"Caramba! É de verdade!" em 2006 (PS3).

A grande verdade é que todos esses números e siglas não significam nada de concreto para boa parte do público. Sim, todos nós compreendemos que quatro GigaBytes (GB) de memória RAM é melhor do que dois (supondo que elas sejam o mesmo tipo de memória). Mas, no que isso influencia exatamente no design do jogo? Para um leigo em programação é difícil discernir tais conceitos.

Mas podemos discutir algo de fácil entendimento e que impacta diretamente no nosso bolso. Qual mídia a Sony utilizará no Orbis? Obviamente, nada menos capaz que um Blu-ray. Porém, terá a Sony a coragem de investir em um novo formato? Devemos recordar que a Sony não é apenas uma empresa de jogos eletrônicos e que, juntamente com outras companhias, é responsável pela criação das mídias CD, DVD e Blu-ray. E, como bem sabemos, estas mídias são o formato padrão do PS1, PS2 e PS3, respectivamente.

HVD
Dessa maneira, a Sony pode aproveitar o Orbis para introduzir um novo formato de mídia no mercado. A tecnologia Holographic Versatile Disc (HVD) não é propriedade da Sony, mas mostrou que é possível armazenar até seis TeraBytes de informação em discos ópticos. Cabe lembrar que o Blu-ray armazena até 25 GB em sua versão camada simples e até 50 GB quando é camada dupla.

Outra opção é utilizar cartões de memória, similares aos cartuchos do PSVita. Com a queda constante do preço de tal tecnologia, dentro em breve será bem barato produzir cartuchos com 128 GB. Sem falar que eles são bem menos sensíveis a agentes externos, como poeira, e seus leitores dificilmente apresentam problemas, em oposição aos leitores de mídia que, eventualmente, precisam ser substituídos.

Bloqueio de jogos usados

O maior medo dos jogadores é o rumor que ronda diversos fóruns há alguns meses. A ideia de que, para acabar com o mercado de jogos de segunda mão, a Sony criaria um mecanismo que impossibilitaria um jogo usado de rodar em outro console. Nada mais de emprestar ou alugar jogos. Comprar mais barato na internet ou jogos de donos arrependidos em lojas físicas? Nem pensar!

Tal medo se intensificou recentemente quando a Sony registrou uma patente, utilizando a tecnologia Near Field Communication (NFC), que permite o bloqueio de jogos usados. É bom recordar que as empresas estão sempre registrando diversas patentes que nunca são utilizadas. Então, criar pânico antes que a Sony se pronuncie oficialmente sobre o assunto é desnecessário.

“Poderes cósmicos e fenomenais, dentro de uma garraf... ona”

Bem, existe uma única coisa que podemos concluir sobre o Orbis. Ele será um monstro. Não um monstro gráfico, ou um monstro por destruir a concorrência ou mesmo um mostro de feio. Não. Ele será um monstro no tamanho. É uma tendência bem óbvia e tem a cara da Sony. A cada nova interação, os consoles aumentam em volume e massa.

Será necessário um trator para trocar o Orbis de lugar.

Enquanto nenhuma nova informação é divulgada, aguardamos divididos entre o desejo de um console que não custe U$ 599,00 e um console que rode as novas engines gráficas sem perder para os computadores mais potentes. A Square Enix e a Epic Games, por exemplo, já apresentaram as suas novas ferramentas para produzir jogos, Luminous Engine e Unreal Engine 4, respectivamente. Os consumidores da Sony aguardam ansiosamente o dia em que poderão jogar os magníficos jogos produzidos por tais ferramenta em seus novíssimos PlayStation Orbis.
Revisão: Vitor Tibério

Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

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