Se você tem mais de 18 anos com certeza já ouviu falar desse jogo que fez muito sucesso na época áurea dos jogos de plataforma. Apesar de Blasto (também do PS) ter sido lançado primeiro, podemos dizer que Spyro foi quem realmente inovou com o excelente controle das câmeras, a incrível precisão dos controles e com uma história muito cativante. O sucesso de público e crítica foi tão grande nos EUA que Spyro chegou a rivalizar com Crash Bandicoot o título de mascote da Sony.
É melhor você ler este Blast from the Past com muita calma, porque a nostalgia irá te atingir em cheio!
Pra começo de conversa…
Como a grande maioria dos jogos na década de 90, a história de Spyro começa um pouco clichê : Spyro é apenas um filhote de dragão, que vive feliz com seus amigos, até que aparece um monstro chamado Gnasty Gnorc que pretende dominar seu mundo. Para isso, ele transforma todos os dragões, exceto Spyro, é claro, em joias. Como Spyro é pequeno demais, ele simplesmente passou despercebido por Gnasty. E então é aí que a aventura começa. Vale ressaltar aqui que o destaque desse título em relação aos outros jogos de plataforma não é a história em si, mas sim a maneira como ela é desenvolvida, de forma a prender cada vez mais a atenção do gamer.
Uma lição de geografia
O mundo de Spyro é um lugar formidável, e é dividido em 6 submundos. Vamos viajar por cada um individualmente:
Artisans Realm
Este é um lugar muito plano e cheio de castelos ornamentados, que são habitados pelos artesãos, dragões extremamente dóceis. Esse mundo também é importante por ser a primeira área a ser explorada no jogo. O líder deste ambiente é Nestor, que é o primeiro dragão livre que Spyro encontra, e que o instrui a explorar o mundo e a libertar seus amigos.
Peace Keepers
O que predomina absolutamente neste cenário é a areia. Aqui você irá encontrar os primeiros inimigos um pouco mais trabalhosos do game, os Army Gnorcs. Os habitantes desta área são lutadores por natureza, e o líder deste grupo é Titan, uma espécie de general dentre os dragões, por estar sempre preocupado com a segurança de seus amigos.
Magic Crafter Homeland
Aqui você verá que os dragões são muito tímidos, preferindo ficar escondidos dos visitantes, trabalhando em suas magias. O território comandado por Cosmos é cheio de passagens escondidas e corredores, tendo uma aparência muito confusa.
Beast Makers
Nesta área nós encontramos os cenários mais trabalhosos, pois aqui temos diversas áreas com eletricidade que atrapalham nosso jovem Spyro, tudo obra dos Gnorcs, é claro. Bruno é o dragão líder daqui.
Dream Weavers
Já estamos nos quinto mundo de Spyro, e aqui encontramos muitas plataformas e castelos flutuantes. O manda-chuva daqui é Lateef, um dragão que prega pela cautela com os estranhos.
E o último mundo é a toca do lobo, ou melhor, do Gnorc. Obviamente, aqui estão as fases mais difíceis do jogo e o último chefe não seria ninguém menos que o próprio Gnasty, certo?
A batalha final é um pouco difícil, mas nada que um pouco de prática não resolva...
O legado
Podemos dizer que Spyro não foi um jogo revolucionário. Fato, mas foi a partir dele que as produtoras viram o grande potencial que um jogo de plataforma bem produzido podia tinha naquela época. O diferencial do jogo são os comandos extremamente precisos e a câmera, que pode tanto ser controlada com os botões L2 e R2 como configurada para centralizar o dragão na tela (recomendo fortemente esta última opção).
Como já dito antes, Spyro fez muito sucesso na época, tendo vendido cerca de 5 milhões de unidades. Pode não parecer muita coisa hoje em dia, mas temos que levar em conta que hoje o mercado de games está muito mais estabelecido, e haviam concorrentes de peso na época: Super Mario 64 para N64, Sonic Adventure para Dreamcast, e outros na própria plataforma da Sony, como Crash Bandicoot, Gex, Pandemonium, Croc dentre outros. Pois é, aquela época trouxe bons momentos para quem teve a oportunidade de viver o amadurecimento dos jogos de plataforma. Se hoje God of War é aclamado por sua jogabilidade, pode ter certeza que foi por causa de jogos como este , que mostraram para as novas produtoras o caminho a ser seguido.
Revisão: Alan Murilo
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