Blast Test

Blast Test: PlayStation All-Stars Battle Royale Beta (PS3/PSVita)

O pessoal da SuperBot Entertainment e SCE Santa Monica Studio, desenvolvedoras do aguardadíssimo PlayStation All-Stars Battle Royale , d... (por Alberto Canen em 26/10/2012, via PlayStation Blast)

O pessoal da SuperBot Entertainment e SCE Santa Monica Studio, desenvolvedoras do aguardadíssimo PlayStation All-Stars Battle Royale, disponibilizaram versões "beta" de seu jogo desde abril deste ano. A intenção deles é testar o máximo possível o modo online em relação ao carregamento de dados e recursos das partidas, para assim garantir que a jogabilidade flua sem problemas quando o game estiver finalizado. Considerando que a data de lançamento já está bem próxima - Japão (8/11); EUA (20/11) -, dificilmente experimentaremos no produto final algo muito diferente do que vimos nessa última versão, que foi disponibilizada nos dias 16 e 23 de outubro para a PSN americana - primeiro para quem tem PS Plus e depois para todos os donos de PS3 e PS Vita.

Nós já fizemos uma prévia do jogo (que inclusive sairá na próxima revista PSB, aguardem), então nos resta apenas avaliar a jogabilidade em si, ao menos através da pequena parte que foi liberada para testes. Infelizmente, nela não há modo local (apenas um breve tutorial) e no modo online temos apenas seis personagens à nossa disposição - Kratos, Colonel Radec, Fat Princess, PaRappa the Rapper, Sly Cooper e Sweet Tooth, - para lutarem em dois estágios - Metropolis e Hades.


Há duas formas de jogar: com quatro jogadores ao mesmo tempo (cada um por si), ou com times de dois contra dois. Para este modo cooperativo, é possível convidar um amigo para jogar junto com você contra outro time, sendo que ele pode estar no mesmo PS3 ou online. Assim que você escolhe uma das opções de modo e o seu personagem, o jogo procura partidas aleatoriamente para encaixá-lo. Vale lembrar que, graças ao Cross-play, os donos de PS Vita também participam desse beta, não sendo possível diferenciar se o seu adversário está em um console ou no outro. A diferença nesses casos se mostra apenas em termos de jogabilidade, e isso decorre devido ao tamanho das telas - o que dá uma certa vantagem aos donos de PS3, já que no portátil tudo fica bem menor e difícil de acompanhar.

O caminho para a vitória

Desde a prévia, já sabemos que a vitória não é determinada por vidas ou por quando uma barra de energia chega ao fim, situações típicas de jogos de luta, mas sim através de golpes especiais, carregados numa barra com até três níveis, que é preenchida conforme você acerta um outro personagem. Munido de especiais, você pode detonar um adversário e ganhar um ponto positivo com isso. Da mesma forma, se o detonado for você, receberá um ponto negativo. Como o tempo de cada partida é curto e chegar até o terceiro nível da barra é bem mais difícil, cabe a cada jogador traçar a sua estratégia sobre a hora de usar o seu poder, pois os que o usam no início têm uma vantagem no primeiro momento, mas podem tomar uma virada nos segundos finais daquele jogador que "economizou" a energia.


A ideia dos desenvolvedores, claramente, foi premiar aqueles que não fogem das lutas, pois quem ficar apenas tentando escapar para evitar mortes, também ficará sem vitórias, já que não conseguirá encher a sua barra de especial e não detonará ninguém, ficando sem pontos positivos. Um problema desse sistema está no fato de não sabermos com quantos pontos positivos ou negativos estamos, já que não há um local na tela mostrando. Por um lado, isso nos induz a ter que lutar, já que não sabemos se estamos vencendo, mas por outro não conseguimos mensurar o tamanho da nossa vantagem ou desvantagem, o que nos impede de dosar melhor a intensidade de nossas ações. Fora que ficar "no escuro" é um pouco irritante.

Outra forma de ter alguma vantagem sobre os adversários é valendo-se dos itens que vão surgindo no cenário, como a granada Hedgehog, do jogo Resistance, que dispara diversas agulhas ao ser arremessada, e o escudo, de WipEout, que cria uma redoma em volta do jogador, impedindo que o mesmo seja acertado. Esses itens aparecem esporadicamente, não sendo um divisor de águas durante a partida, o que é uma boa opção, pois é bom variar nas formas de jogar, mas não seria interessante tirar o foco das habilidades dos personagens e jogadores.

Uma mistura de mundos

Os personagens ficaram muito bem feitos e, dentro do possível, lembram bastante as suas versões originais. O Sly Cooper talvez não seja assim tão parecido quanto à sua jogabilidade, mas é um bom personagem para controlar. Seja como for, eles estão bem balanceados e não há uma vantagem em usar um ou outro, a não ser que algum consiga se adaptar melhor ao seu estilo de jogar. Os cenários também têm uma grande influência na jogatina, uma vez que eles participam na "matança". Então, se um descuidado ficar de bobeira na fase do Hades, pode acabar levando um ataque do "Deus do Submundo" e perder um precioso ponto. Outra função do cenário é a de influir na determinação sobre como as estratégias de luta serão traçadas, uma vez que, por exemplo, um cenário aberto e com plataformas como Metropolis oferece uma certa vantagem para lutadores de longa distância, o que seria diferente em um local mais fechado, onde impera o embate mais próximo.


Apesar de nessa versão termos apenas seis personagens, os jogadores podem escolher os mesmos, sem problema algum. E embora cada um carregue um número identificador sobre a cabeça, não dá para negar que durante os momentos mais caóticos podemos acabar perdendo de vista o personagem que estamos controlando, logo, situações como essa requerem uma boa dose de concentração visual. Ao menos as brigas por determinado personagem desse modo são evitadas e todos ficam em pé de igualdade durante as partidas.
A concepção toda do jogo pode não ser original, mas mesmo assim é muito bem-vinda. Não apenas por misturar diversos personagens e cenários com os quais os fãs da Sony já estão acostumados, mas também por ser realmente divertido lutar contra três outros jogadores ao mesmo tempo, ou contra dois, com a ajuda de um amigo. Somando esses elementos com o Cross-play, que junta os donos de PS Vita e de PS3 no mesmo jogo, muito mais jogadores poderão participar da mesma rede online, que por sinal se mostrou bastante estável e sem os famigerados atrasos no carregamento. E você, caro leitor, já testou esse novo beta de PlayStation All-Stars Battle Royale? Não esqueça que o teste termina dia 30 de outubro. Deixe o seu comentário.
Revisão: Samuel Coelho

é formado em Direito pela UFRN. Joga videogame desde os tempos do Atari e sempre acompanha as novidades na indústria de jogos. Está no Facebook e no Twitter.

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