Jogamos

Análise: Payday: The Heist (PS3)

Há quem diga que não existem mais FPS originais, que são todos cópias, releituras, genéricos e que o mercado de games já est... (por Jonas Sutareli em 08/11/2012, via PlayStation Blast)


Há quem diga que não existem mais FPS originais, que são todos cópias, releituras, genéricos e que o mercado de games já está saturado de tantos shooters assim. Na verdade, como tudo na vida, isto é muito relativo, pois há quem goste ainda de todos esses jogos de tiro. No meio de todos eles The Heist me chamou bastante atenção. Não pela sua jogabilidade, sua originalidade nos comandos ou os modos de jogo inovadores. Não. Nesse aspecto, ele é igual a todos os outros shooters. Já o enredo dele sim merece destaque.

Comandando o assalto

Payday: The Heist é um FPS puro e simples, com aqueles comandos básicos que nós jogadores deste gênero já conhecemos. Atira, se cobre, trabalha em equipe pra derrubar o inimigo, olho na munição e manda bala novamente. É uma mecânica de jogo simples, com jogabilidade padrão que agrada bastante. Não enxerguei dificuldades ou pontos negativos neste quesito. Bonitos gráficos, nada mal feito. Mas o maior costume dos enredos de FPS é que você seja o cara bonzinho. Vai lá, faz as boas ações, salva o dia, salva o mundo. Você também pode ser um criminoso, que faz parte de uma organização ultrassecreta ou luta em um lugar bem distante, por motivos que até a personagem desconhece.


Mãos ao alto

Em Payday é diferente. Você é um bandido ganancioso comum da cidade grande. Seu objetivo é sair em locais predefinidos realizando assaltos (como o próprio nome ‘heist’, que significa assalto, já diz) organizados com seu grupo em modo cooperativo (online ou com a inteligência artificial). Há objetivos no jogo, não é só chegar e gritar “mãos para cima!” (!) Na primeira fase, por exemplo, antes de dar voz de assalto, é aconselhável achar o gerente do banco para ter acesso a uma chave que é necessária no decorrer desta fase. Feito isso, você tem outra série de objetivos que envolvem as atividades ilícitas a serem realizadas, para o sucesso dos ‘caras maus’ que você controla. Ao passo que o tempo vai passando, a polícia vai aparecendo em vários níveis. Seguranças do local, policiais comuns, polícia especial e S.W.A.T. Aí o bicho vai pegando! 


A peculiaridade do jogo é justamente essa. O politicamente correto do mundo moderno totalmente deixado de lado. Se bem que nos outros shooters já vemos isto, mas não nesta escala, não envolvendo diretamente civis e em territórios comuns da cidade grande como bancos.

Matar e assaltar

O lado ruim do jogo é que tudo se torna repetitivo em certo ponto. As missões são basicamente todas iguais, mudando apenas o local. O seu objetivo é sempre matar e assaltar, matar e assaltar. Não há outra coisa a fazer durante todo o jogo. Depois disso, a única maneira de ele ficar divertido novamente é jogando cooperativamente com os amigos. Para mim, jogar com os amigos sempre dá um “revival” no jogo, principalmente quando algum deles ainda não jogou o game.


Surpreende-me que este jogo não tenha tido alguma represália massiva. Todo jogo desse gênero sofre com isso, mas quando não vemos em grande escala parece que não existe. E pelo visto Payday passou despercebido.

Prós

  • Gráficos simples, mas bem feitos;
  • Proposta de enredo incomum;
  • Multiplayer multitarefa bem organizado;
  • Jogabilidade agradável e amigável.

Contras

  • Jogo repetitivo;
  • Poucos modos de jogo;
  • Inteligência artificial fraca.


Payday: The Heist – PlayStation 3 – Nota Final: 7.5
Visual: 8.0 | Som: 7.5 | Jogabilidade: 7.0 | Diversão: 7.0
Revisão: Alberto Canen.

Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

Comentários

Google
Disqus
Facebook