Blast Test

Blast Test: Epic Mickey: The Power of Two (PS3)

Epic Mickey foi lançado exclusivamente para o Nintendo Wii em novembro de 2010, deixando os donos de PlayStation 3 a ver navios. Mas ... (por Alberto Canen em 17/11/2012, via PlayStation Blast)

Epic Mickey foi lançado exclusivamente para o Nintendo Wii em novembro de 2010, deixando os donos de PlayStation 3 a ver navios. Mas como a forma de jogar do game era muito envolvida com controles de movimento, não é de se admirar que o console da Sony tenha sido deixado de lado, já que o PlayStation Move só surgiu em setembro do mesmo ano, e não haveria tempo para preparar uma versão para ele. Nesse segundo jogo, continuação direta do primeiro, não havia como o pessoal da Junction Point Studios, encabeçados pelo diretor de criação do jogo Warren Spector, ignorarem o PS3. E pelo que pouco que pudemos conferir, a espera valeu a pena.

Tratando direto sobre as opções de controle, mesmo que o jogo tenha suporte ao DualShock e seja possível utilizá-lo muito bem durante todo o jogo, ao menos a parte que foi disponibilizada, Epic Mickey 2: The Power of Two foi claramente pensado para ser jogado com um controle de movimentos. E isso fica nítido nas próprias palavras de Spector:
"Queríamos dar ao Mickey o controle sobre aquilo do qual ele é feito – traços e tinta. E quando você começa a falar sobre isso, as suas mãos começam a se mover como se você estivesse segurando um pincel… controle gestual é algo que tínhamos que usar. E o PlayStation Move é perfeito para isso".
Realmente, é muito mais natural, preciso e ágil usarmos o Move do que o controle normal do PS3. É bem mais simples apontar e "atirar" do que guiar o cursor até o local desejado. Vale lembrar que é necessário utilizar o Navigation Controller para movimentar o personagem e, no caso do Mickey, atirar o removedor - é possível usar o Dualshock para essa função também, se você não tiver problema em segurá-lo com apenas uma mão.

Uma trama musical

Parece lógico dizer que o jogo começa do início, mas lembremos que se trata de uma versão de demonstração. A ideia deles foi bem simples: você inicia como se fosse uma partida completa e joga até um certo ponto, o suficiente para apresentar o tutorial e a trama que envolve o game. Claro, também serve para dar aquele gosto de "quero mais", caso o jogador tenha se identificado com a jogatina.

O enredo do jogo ocorre algum tempo depois do final de Epic Mickey e é apresentado em forma de números musicais e dublagem dos personagens, que dessa vez têm voz, diferentemente do primeiro jogo. Para isso, Spector, que já declarou ser louco por musicais, contou com a ajuda de  músicos de peso, como Jim Dooley (de “Piratas do Caribe”) e Mike Himelstein (de “Família Soprano”). O resultado, ao menos inicialmente, foi digno dos antigos desenhos da Disney. Esperemos que eles mantenham essa pegada até o final. Acompanhe a história inicial do jogo e curta o belo trabalho dos compositores e dubladores:


Poder em dobro

Como o próprio nome do game indica, a jogatina é toda baseada em cooperação. Por isso, mesmo que você não tenha um parceiro para acompanhá-lo, o próprio jogo tratará de comandar o segundo personagem, Oswald "the Lucky Rabbit". Mas, a qualquer tempo, um segundo jogador poderá entrar na partida e controlar o coelho, deixando a tela dividida, para que cada jogador tenha uma certa liberdade de movimentação. Mas não muita, já que vários locais só podem ser alcançados com a cooperação dos personagens.

Jogar em tela dividida dá mais liberdade
Mickey e Oswald têm habilidades bem distintas. Enquanto o camundongo faz uso do pincel mágico, que atira tinta ou removedor, o coelho tem um controle remoto, que dispara rajadas de eletricidade e têm influência sobre objetos elétricos em geral, como máquinas que precisam ser recarregadas. Oswald ainda pode lançar o seu próprio braço como se fosse um bumerangue e alçar voo por um curto período de tempo usando as suas orelhas como hélice, podendo alcançar locais bem mais distantes do que Mickey. Mas como o tema é cooperação, basta Mickey segurar nas pernas de Oswald para receber uma pequena ajuda quando o seu pulo duplo não for suficiente para atravessar os obstáculos. Além disso, tanto um quanto o outro podem jogar o parceiro para cima para atingir locais inacessíveis pelo alcance do salto de cada um. Para completar, ambos possuem um golpe giratório, que serve para atordoar os inimigos, descobrir objetos escondidos ou abrir baús.

Apenas umas das formas de cooperar no jogo
Nas lutas, Oswald atua apenas atordoando os inimigos, pois é Mickey que tem o poder de derrotá-los, seja liquefazendo-os usando o removedor ou aplicando tinta neles, deixando-os fora de combate. Apesar disso, Oswald também tem uma função cooperativa nas lutas, como quando aparece um inimigo dentro de um robô e ele precisa usar seu controle remoto para tirá-lo lá de dentro, para que Mickey consequentemente possa usar o seu pincel para derrotá-lo.

Esse campo de eletricidade desativa o robô, tirando o inimigo lá de dentro

Duplamente épico

Essa versão de demonstração serviu para descobrirmos que Epic Mickey 2: The Power of Two é um jogo cooperativo, não meramente um multiplayer, pois as ações dependem que ambos os personagens se ajudem. Além da trama, apresentada através de números musicais e ótimas dublagens dos personagens, tivemos a oportunidade de passar pelo tutorial, que deixou a impressão que a jogatina se desenvolverá muito mais desvendando puzzles cooperativamente - fazendo ótimo uso do PlayStation Move - do que lutando contra inimigos. Mas isso só saberemos com certeza quando o jogo for lançado, no dia 18 de novembro de 2012. E você, caro leitor, o que achou dessa versão de demonstração? Pretende comprar o jogo ou não ficou convencido? Deixe o seu comentário.



Revisão: Rafael Becker

é formado em Direito pela UFRN. Joga videogame desde os tempos do Atari e sempre acompanha as novidades na indústria de jogos. Está no Facebook e no Twitter.

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