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Análise: Darksiders (PS3)

Uma das lendas mais conhecidas sobre o fim do mundo diz respeito ao Apocalipse bíblico, quando as forças do Céu e do Inferno vão realizar ... (por Unknown em 03/02/2013, via PlayStation Blast)

Uma das lendas mais conhecidas sobre o fim do mundo diz respeito ao Apocalipse bíblico, quando as forças do Céu e do Inferno vão realizar uma última batalha utilizando como campo de batalha nosso querido planeta Terra. Quando isso acontecer, os quatro Cavaleiros do Apocalipse vão aparecer pra tocar o terror. Então, já que God of War, baseado na mitologia grega, fez tanto sucesso, por que não criar um game baseado na mitologia mais conhecida de todos, a cristã? E foi exatamente o que a finada THQ fez em Darksiders, colocando o jogador no meio da batalha, tendo que controlar o cavaleiro Guerra.

Bem-vindos ao Apocalipse

O game começa já com o bicho pegando, anjos e demônios se digladiam por todo canto sem se preocupar com os humanos que estão pelo caminho. Neste cenário, surge /o cavaleiro Guerra que, junto com os outros três, surgiria caso os sete selos fossem quebrados. O problema todo é que ninguém quebrou o sétimo selo, mas Guerra jura que escutou o chamado e por isso surgiu na parada, atraindo a fúria tando dos anjos quanto dos demônios. Ao enfrentar um demônio gigante, Guerra é derrotado e acaba indo dar explicações ao Charred Council, um conselho que mantinha o equilíbrio entre Céu e Inferno. Lá ele descobre que já se passou um século desde o “apocalipse” e que a raça humana foi exterminada. Agora, cabe a ele derrotar o demônio Destroyer e provar que não teve culpa na parada toda.

Como já deve ter ficado claro até para os menos atentos, o jogador assume o papel do cavaleiro Guerra na empreitada de derrotar Destroyer. Para os que curtem os jogos do Fantasma de Esparta, não existe muita novidade nos controles por aqui. Guerra utiliza uma espada para combater e basicamente os jogadores vão passar a maior parte do tempo esmagando o botão quadrado para derrotar os inimigos. Os chefes também são derrotados nesse esquema, com algumas variações, como arremessar bombas em um dragão, por exemplo. Os famosos Quick Time Events (QTE) não estão presentes em Darksiders, mas geralmente é preciso apertar o botão círculo para finalizar algum chefe.


Além da espada, mais pra frente, outras armas também ficam disponíveis, como uma foice e uma luva. Fora que o personagem conta com alguns poderes, que variam dependendo da arma utilizada. O interessante é que o jogador sempre tem duas armas à disposição: a espada, que é a principal, e uma das outras, que é acessada com o botão triângulo. Isso permite a realização de combos interessantes. O ponto negativo de algumas armas e poderes é que eles são adquiridos numa espécie de shopping do demônio Vulgrim, que troca tudo por um punhado de almas humanas. Essa ideia de colocar um shopping no meio do jogo não faz muito sentido e acaba tirando um pouco daquela imersão do jogador.

Destruindo anjos e demônios

Em certos pontos do game também é possível utilizar armas deixadas pelos inimigos, como as bazucas que alguns anjos usam. Sim, você não leu errado, alguns anjos utilizam uma espécie de bazuca no lugar das espadas. E esse visual modernoso das legiões aladas é uma das coisas mais interessantes no visual do jogo. Enquanto os demônios são criaturas mais brutais, partindo sempre para ataques físicos, os anjos usam armas e armaduras tecnológicas, como se fizessem parte de um povo mais avançado. As asas deles, por exemplo, não são feitas de penas, mas sim uma espécie de luz, quase como se fossem jatos propulsores.

Para não ficar apenas na pancadaria, Darksiders conta ainda com algumas fases onde Guerra cavalga uma criatura alada equipada com um canhão. Apesar de não gostar muito de fases desse tipo, elas ajudam a deixar o jogo um pouco menos repetitivo. Em compensação, para entrar em determinados cenários, é preciso que o jogador encare alguns desafios propostos pelos gigantes de pedra que guardam as entradas. E é aí que o jogo fica muito repetitivo e sem sentido. Os desafios incluem coisas como derrotar alguns inimigos utilizando uma determinada arma em um tempo pré-estabelecido. Esse é o tipo de coisa que deveria ter sido colocada como uma extra do jogo e não no meio dele. Parece que esses desafios estão ali apenas para aumentar o tempo de jogo, uma vez que não acrescentam nada na história.


Os cenários são interessantes, misturando ambientes urbanos totalmente destruídos com cenários mais fantasiosos. Infelizmente, alguns deles acabam se tornando repetitivos, principalmente os túneis subterrâneos que parecem sempre os mesmos. Além disso, alguns dos cenários mais bonitos do jogo não podem ser bem apreciados porque a câmera não é estática, podendo ser movimentada pelo jogador. Em jogos desse tipo, eu acho mais bacana o estilo God of War, com câmera fixa e que nos permite enxergar todos os detalhes dos cenários grandiosos.

Apesar dos pequenos defeitos que deixam algumas partes repetitivas, Darksiders é um jogo de porradaria bem divertido, mesmo não inovando no gênero. Sem dúvidas, o principal atrativo do título é utilizar como pano de fundo para sua história uma mitologia já bem conhecida por todos e acrescentar novos elementos a ela.

Prós

  • Pancadaria de primeira;
  • História interessante;
  • Sistema de combate divertido.

Contras

  • Visual repetitivo de alguns inimigos;
  • Algumas fases são desbalanceadas.
Darksiders - PlayStation 3 - Nota 7.5
Revisão: José Carlos Alves

Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

Comentários

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  1. Discordo da parte dos gigantes. Isso do desafio acontece 2 vezes e nao acaba ficando repetitivo, e os desafios são tutorias para vc aprender um pouco da mecanica do jogo

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  2. Discordo da parte dos gigantes. Isso do desafio acontece 2 vezes e nao acaba ficando repetitivo, e os desafios são tutorias para vc aprender um pouco da mecanica do jogo

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