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Análise: Dead Nation (PS3/PSN)

A Playstation Network (PSN) ficou um tempo fora do ar, como a maioria já deve saber a essa altura. Na sua volta, a Sony resolveu oferecer... (por Alberto Canen em 12/08/2011, via PlayStation Blast)

CapaA Playstation Network (PSN) ficou um tempo fora do ar, como a maioria já deve saber a essa altura. Na sua volta, a Sony resolveu oferecer um pacote de boas-vindas, no qual ela disponibilizara algumas opções de jogos para serem adquiridos gratuitamente pelo assinante. Dentre as possibilidades estava o excelente Dead Nation, um game exclusivo para PSN e desenvolvido pela finlandesa Housemarque, a mesma de Super Stardust HD e Outland.

 

Pelo nome do jogo não é difícil adivinhar que se trata de um jogo que envolve mortos-vivos, também conhecidos como zumbis. É natural que alguns “torçam o nariz” ao escutar tal notícia, afinal, com a enorme quantidade de jogos desse gênero, se uma verdadeira epidemia algum dia acontecer, não há dúvida que os gamers já estão mais do que preparados e saberão exatamente o que fazer. Também pudera, com tanto treino. Mesmo assim, esse é um excelente jogo que merece ser visto com bons olhos, pois tem bastante a oferecer.

Nação morta

A história do jogo é contada através de ótimas animações entre as fases. E como em toda história de zumbis, o mundo chegou praticamente ao seu fim, pois um vírus epidêmico infestou todo o Globo, transformando quase todo mundo nessas vis criaturas. Assim, os mortos-vivos rondam a Terra buscando por carne humana. Mas nem todos estão nessa situação, senão ficaria complicado jogar, eis que Jack McReady e Scarlett Blake por algum motivo misterioso não estão infectados pelo horrendo vírus e são os personagens disponíveis para se jogar tanto singleplayer quanto de forma cooperativa – offline e online.

Jack McReadyScarlett Blake

O objetivo é lutar contra zumbis pelas ruas infestadas dos monstrengos malditos, escapar da cidade e vasculhar o mundo para encontrar uma cura para esse doença mortal. Isso significa, basicamente, ter que ir do ponto “A” ao ponto “B”, alcançando alguns checkpoints no meio do caminho, evitando ser mais uma vítima dessa catástrofe. São 10 missões ao todo, algumas maiores, outras mais curtas, mas todas intensas.

Claro que ninguém se arriscaria a passar por essas hordas de mãos abanando. Só existe uma forma de entrar nessa missão ingrata: armado até os dentes. E armas não faltam no jogo, existem várias, como rifles, submetralhadoras, granadas, minas, lança-chamas, escopetas e mais. Também estão disponíveis armaduras variadas para proteger o personagem. Tanto as armas quanto as armaduras podem receber upgrades, fica a critério da estratégia do jogador, se prefere gastar o dinheiro em novos equipamentos ou se prefere melhorar os que já possui. Vale lembrar que alguns tipos de inimigos são mais facilmente derrotados por determinado tipo de arma. Então é bom escolher com sabedoria.

Existe uma variedade bem razoável de zumbis, até porque um vírus que se preze tem que variar bem, assim dificultando a vida de quem tentar impedi-lo de prosperar. Alguns são lentos e fáceis de matar, e são os mais comuns; mas tem aqueles que são mais rápidos e vem aos montes, porém são mais fracos, o que significa que uma arma que dispare mais balas, mesmo com menos potência, seja o tipo ideal para acabar com essa espécie. Conforme se avança no jogo, também os inimigos vão evoluindo e são mais difíceis de matar. Um dos piores zumbis é o que grita, pois chama todo mundo para cima, então é bom ter uma granada preparada para esses momentos de desespero.

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A visão e a estratégia

O jogo possui um posicionamento de câmera isométrico, que é a mesma perspectiva de jogos como Diablo, Starcraft e Age os Empires. A visão é feita de cima, um pouco inclinada. Esse é o tipo ideal para jogos de estratégia, que é um dos destaques do jogo, que exige uma boa quantidade de planejamento, principalmente jogando cooperativamente com um amigo. Uma das situações para se considerar, por exemplo, são carros que se encontram por todo trajeto. Alguns tem alarmes que disparam quando são alvejados e, depois de um tempo, eles explodem, eliminando todos os mortos-vivos no raio vermelho de alcance. Contudo, é bom prestar atenção, pois alguns carros não tem alarme e demoram mais para explodir.

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Apesar da boa opção quanto ao posicionamento da câmera, existe um zoom out muito elevado e é necessário que o jogador se aproxime da televisão para ter uma visão melhor dos detalhes do cenário, que são muito bem feitos, com um ótimo jogo de luz e sobras. Até alguns zumbis que costumam se esconder nas sombras ou atrás de objetos ficam difíceis de ver. A visão piora ainda mais quando o personagem está com ferimentos, pois a tela fica um pouco avermelhada.

Como a estratégia é um ponto necessário, o fato de não existir suporte ao headset nas partidas online é uma grande perda e atrapalha bastante no planejamento das ações, em quais armas usar, até para onde fugir. Fora que retira uma boa parte da diversão, já que não se pode traçar a melhor forma de agir durante determinadas situações.

Por dentro da Nação

A jogabilidade é bem simples: movimenta-se com o direcional analógico esquerdo e usa-se o direcional direito para mirar. R1 serve para atirar; R2 para golpes próximos, corpo-a-corpo; já L1 serve para utilizar a arma secundária, como granadas. O nível de dificuldade do jogo é de razoável até elevado, o que deixa o jogo ainda mais interessante e desafiador e garante uma sobrevida para novas tentativas bem-sucedidas.

O jogo atualiza as estatísticas do jogador a cada capítulo e compara com os dos seus amigos. Também junta esses números aos resultados por país, então é possível ver qual nação do globo está com melhor resultado na detonação dos zumbis. Essa atualização é feita de forma constante. Nem precisa dizer que os Estados Unidos tem ampla vantagem.

Country Ranking

PlatinaExistem muito jogadores que não ligam para os troféus disponíveis para conquistar nos jogos atuais. Contudo, existem aqueles que são verdadeiros caçadores de troféus. Estes terão mais um motivo para jogar Dead Nation: o cobiçado troféu de platina, que nem todos os jogos têm em seu acervo.

Definitivamente, Dead Nation é uma boa opção para nós que amamos odiar essas criaturas desafortunadas.

Final

Prós

  • Modo cooperativo excelente.
  • Várias armas e itens que podem receber upgrades.
  • Troféus diversos, inclusive um de Platina.
  • Cenários bem detalhados, com bom jogo de luz e sombra.

Contras

  • Ausência de suporte a headset para comunicação no modo cooperativo online.
  • zoom out elevado, que deixa as imagens difíceis de visualizar.

Dead Nation – Playstation 3 – Nota Fina: 8.5

Gráficos: 9.0 | Som: 8.0 | Jogabilidade: 8.5 | Diversão: 8.5


é formado em Direito pela UFRN. Joga videogame desde os tempos do Atari e sempre acompanha as novidades na indústria de jogos. Está no Facebook e no Twitter.

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