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Análise: Deixe a sua nota após o bip *BEEP*: Hotline Miami (PS3) é um jogo violento, brutal e muito viciante

Alô…? Aqui é do PlayStation Blast, nós temos um pequeno problema e você é a nossa solução. Na verdade, você é o problema e nós somos a sol... (por Unknown em 08/11/2013, via PlayStation Blast)

Alô…? Aqui é do PlayStation Blast, nós temos um pequeno problema e você é a nossa solução. Na verdade, você é o problema e nós somos a solução. Isso se você ainda não jogou Hotline Miami. E como você está lendo essa análise, eu suponho que ainda não o jogou, não é mesmo? Que seja. O que importa é que você precisa jogar. Mas antes também precisa descobrir o porquê, e será lendo essa matéria até o final. Para isso eu trouxe três amigos meus: Richard, Don Juan e Rasmus.

Chamada a cobrar (sua vida) 

“Alô...aqui quem fala é o Richard. Eu sou a máscara de um galo. Mas não se assuste, você pode confiar em mim.” 

Agora que já fomos devidamente apresentados é melhor você deixar eu explicar o que se encontra em Hotline Miami: loucura, violência, sangue, brutalidade e boa música. Tudo isso dividido em torno de 20 capítulos de pura ação frenética.

Aqui você se chama Jacket, um sujeito com alguns problemas mentais e que tem três amigos imaginários (será mesmo?). No caso, sim, eu sou um deles. Mas você pode confiar em mim, como eu já disse.
Os três patetas versão psicopata americano 
A história se inicia quando Jacket está em seu apartamento relaxando e o telefone toca. É um novo serviço, eles vão pedir para você ser discreto e é bom seguir as regras. Ou não. Essa é a deixa para você pegar seu carro, ir para o local do encontro e matar um bando de criminosos russos. Isso se conseguir. Você vai morrer um pouco, ou muitas vezes. Mas a jogabilidade é tão viciante e o desafio de vencer a fase é tão instigante, que o fará se esforçar ao máximo para ir para a próxima etapa.

As fases são dividas em ambientes, cada um deles repleto de capangas da máfia russa. Alguns com facas, outros com tacos de baseball, mas os que vão dar trabalho mesmo são aqueles com armas de fogo em punho. Você deve escolher a sua arma e a sua estratégia. Armas brancas são silenciosas, mas mais arriscadas. Armas de fogo matam mais rápido, mas são barulhentas e chamam a atenção. O objetivo é matar todos para limpar a fase. Quase como um puzzle, porém mais frenético e sangrento.
À medida que você avança durante o jogo, as fases se tornam mais desafiadoras e a loucura de Jacket mais intensa e presente. Talvez você já nem saiba mais o que está fazendo ou o porquê. Mas sabe que tem que fazer. E bem feito.

Trotes, combos e super poderes 

“Alô, tem alguém na linha? Ah, olá. Não, eu não sou apenas a máscara de um cavalo. Eu me chamo Don Juan, muito prazer.”

Agora que o Richard já deixou você por dentro do que se passa, vamos falar dos seus super poderes. Aliás, os super poderes que nós oferecemos a você.

Em Hotline Miami, Jacket sempre vai estar mascarado durante as fases. Você começa com a máscara de Richard, que não tem nada demais, e, conforme a sua pontuação for aumentando, mais máscaras são liberadas, essas sim são muito especiais. Elas liberam novas habilidades que podem ajudar na jogabilidade ou evitar grandes problemas. Por exemplo, o meu poder é tornar todas as portas letais. Uma porta aberta que esbarre em um inimigo é um inimigo a menos. O poder do Carl é aumentar o espaço de tempo exigido para manter seus combos ativos, e assim por diante para cada uma das máscaras.
Você pode ser quem você quiser em Hotline Miami 
Aliás, por falar em combos, você tem muitas maneiras de atingir uma alta pontuação nas fases e os combos são uma delas. Decorar a posição dos inimigos e entender o seu comportamento é a melhor forma de criar uma estratégia onde o seu combo continue ativo até eliminar todos os seus adversários. A ousadia também é uma grande aliada, às vezes agir de forma vulnerável e estúpida pode garantir muitos pontos, como socar um inimigo até a morte com outros se aproximando, correndo risco iminente de morte. A tática é boa, se você sobreviver para coletar os pontos, é claro.

Um tiro e você está morto. Uma facada e você está morto. Uma morte e você está morto. As regras são as mesmas para você e para seus inimigos: todo mundo é mortal. Mas não se preocupe, ainda temos checkpoints e as suas mortes só vão tornar o jogo mais viciante e desafiador.
Falamos de combos, super poderes, mas já estava quase esquecendo dos trotes. Eles são feios e ilegais. Se você quiser se divertir, vá jogar Hotline Miami.

Ligações perigosas 

“Alô, meu nome é Rasmus. E não, eu não gosto de você.” 

Todo mundo já falou o que deveria ser falado sobre Hotline Miami, o que sobrou pra mim? As referências cults e a trilha sonora? ...Ok.

Para eliminar a máfia russa em grande estilo, é claro que você precisa de uma ótima música de acompanhamento, e é isso o que a trilha sonora do jogo faz por você. Com uma grande influência da cena musical dos anos 1980, Hotline Miami às vezes parece um grande clássico oitentista do cinema, só pela sua trilha. Além disso, ela ajuda a tornar toda a jogabilidade muito mais frenética e viciante.

Por falar em cinema, o jogo buscou referências no ótimo Drive de 2011 com Ryan Gosling, que é basicamente o filme de Hotline Miami, mas sem as máscaras. Outro filme que me lembra o jogo, certamente, é Psicopata Americano de 2000 com Cristhian Bale. Os dois são altamente recomendados. Claro, depois de você terminar com essa análise e terminar Hotline Miami de todos os jeitos possíveis. Aí sim, você está liberado para assistir aos filmes.
“Riiing, riiing… riiing, riiing…” 

O telefone está tocando. É bom você não os deixar esperando por muito tempo. Em Hotline Miami, a linha é sempre quente, e os combos e a tensão nunca vão deixar ela esfriar.

Prós

  • A trilha sonora é viciante;
  • A jogabilidade é viciante;
  • Os combos são viciantes;
  • O vício é viciante;
  • O jogo é cross-buy, funciona no PS3 e PSVita;
  • Eu parei de jogar GTA V para terminar Hotline Miami.

Contras 

  • Jogo muito curto;
  • História um pouco rasa.

Hotline Miami - PlayStation 3 - Nota: 9.0
Revisão: Jaime Ninice
Capa: Daniel Silva 

Escreve para o PlayStation Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

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